A União Europeia (UE) está planejando a possibilidade de apresentar ante a Organização Mundial do Comércio (OMC) uma queixa quanto aos preços dos tubos de aço da China que são usados em indústrias de energia.
Esta queixa é somada a outra feita à mesma organização por parte do Japão no mês de dezembro de 2012, ampliando assim o conflito comercial com Pequim.
Segundo fontes da UE, se intentará mudar os preços das exportações chinesas de tubos de aço inoxidáveis contínuos, adquiridos pelas companhias Salzgitter A.G. (Alemanha) e Tubacex S.A. (Espanha).
Com esta apresentação, a Europa enviará uma mensagem importante à China de que estará disposta a optar por usar medidas legais contra preços injustos no mercado e o país oriental poderá receber represálias.
No mês de setembro de 2011, pela primeira vez, o governo chinês aplicou um plano de ajuste de preços, pouco tempo depois (junho) de a UE ter aplicado preços semelhantes para os tubos de aço inox fabricados na China.
A medida se soma depois de a China ter começado a investigar um caso de dumping no vinho enviado da Europa, em resposta pela UE ter imposto preços provisionais em paneis solares da China.
A devolução de represálias sem nenhuma justificativa não é permitida pela OMC, já que qualquer sanção requer apresentação de provas mediante investigação.
A UE indicou que este caso dos tubos de aço inox não está relacionado com o caso do vinho e os paneis solares. Segundo as regras da OMC, a UE tinha um tempo específico para poder se somar à queixa apresentada pelo Japão.