A Gasmig, distribuidora de gás natural canalizado de Minas Gerais controlada pela Cemig, prevê que o seu volume de vendas dobre com a construção de um gasoduto com capacidade de transportar 3 milhões de metros de cúbicos por dia (m³/d) de gás entre Betim e Uberaba.
O gasoduto permitirá à empresa avançar no fornecimento nas regiões central e sul do Estado, locais altamente industrializados.
O gasoduto de 457 quilômetros, com um custo estimado de R$ 1,8 bilhão, deverá abastecer a futura fábrica de fertilizantes da Petrobras, em Uberaba, que consumirá 1,2 milhão de m³/d.
A fábrica deverá ser concluída em novembro de 2016, enquanto o gasoduto deverá ficar pronto até marco do mesmo ano.
Desde 2010, a companhia fornece o insumo às indústrias instaladas no chamado Vale do Aço. Com o novo gasoduto, além de atender à demanda industrial do Triângulo Mineiro, o abastecimento também passará por cidades com mercados potenciais de gás, como Itaúna, Divinópolis, Araxá e Igarapé.
Para a Cemig, a primeira companhia do setor elétrico brasileiro a ser aventurar nos leilões da ANP para produzir o próprio gás, este negócio representa pouco mais de 1% do Ebitda consolidado. Porém, sua importância tem crescido no plano estratégico da estatal mineira, seja para vender aos seus clientes por meio da Gasmig ou para o desenvolvimento de novos projetos termelétricos.
Até 2020, a Cemig prevê que o consumo de gás no Estado de Minas alcance 37,708 milhões de m³/d, cerca de 10 vezes mais do que o comercializado pela Gasmig atualmente.
Com o novo gasoduto, integrado nos planos de desenvolvimento da economia local, a Gasmig (a terceira maior distribuidora do País) estima alcançar um mercado total de 7 milhões de m³/d.
A Cemig projeta a vinda de siderúrgicas, indústrias cerâmicas, empresas de vidro, petroquímicas e empresas de papel e celulose para Minas Gerais.
O projeto contará com os recursos da Gasmig, dos sócios da concessionária e com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).