Redução dos excedentes de aço

O excesso de capacidade de produção instalada de 570 milhões de toneladas de aço no ano passado, cuja previsão era atingir 600 milhões de toneladas é (assim com o abastecimento e os preços de matérias-primas, como minério de ferro e carvão, as mudanças climáticas e emissões de gás carbônico (CO²) e a participação estatal no setor, em países como China, Índia e Irã) a grande preocupação da indústria siderúrgica mundial este ano porque influi diretamente na saúde das empresas, tal como afirma o Presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes.
A perspectiva continua de agravamento do quadro, já que se prevê o aumento do excedente de capacidade não só da China, mas também da Índia e dos países do Oriente Médio e Norte da África. Espera-se que apenas a China traga um excedente adiciona superior a 192 milhões de toneladas, entre 2013 e 2015, de acordo com a Associação Mundial do Aço (Worldsteel Associaton).
Segundo informado pela organização, o crescimento de 3,1% da produção global, previsto para 2014, e de 3,3% em 2015, não contribui para a redução do excedente. O presidente do IABr disse que seria necessário retirar em torno de 300 milhões de toneladas do excedente de produção para melhorar a situação para as empresas.
Segundo esta entidade, o fórum adequado para discutir a questão é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cujo Comitê do Aço teve a vice-presidência assumida recentemente pelo diretor do Departamento de Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alexandre Comin. O IABr trabalhou em parceria com o Mdic na preparação de estratégias e prioridades para levar à OCDE pela Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), na próxima reunião da organização, prevista para 5 e 6 de junho.
Outra preocupação do setor é o fato de 38% da produção global de aço serem oriundos de empresas estatais, das quais 34% se encontram na China, onde já se começam a desativar usinas que se mostram obsoletas.

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