Empresas alemãs estão interessadas em aumentar a sua presença no mercado brasileiro de óleo e gás. A Alemanha é um dos mais tradicionais fornecedores de peças de navegação a nível mundial e certos segmentos têm chamado a sua atenção, como: metalurgia fina, materiais especiais e tecnologias de perfuração.
Os grandes projetos no pré-sal são, segundo o diretor Executivo da Câmara Brasil-Alemanha, Hanno Erwes, um foco de interesse para empresas alemãs de pequeno e médio porte de elevada especialização. Dando como exemplo a perfuração a laser, refere: “Há empresas que já dominam tecnologias que não têm aqui”.
Oito empresas alemãs participaram num evento promovido pela Câmara, com representantes do Sinaval, Onip e Petrobras. Neste evento, as empresas apresentaram um portfólio voltado para a construção naval e offshore, destacando itens como iluminação, ancoragem e sistemas de lastro.
Luis Mendonça, superintendente da Onip, afirma que os alemães contribuem localmente em segmentos, como turbomáquinas e geração, podendo vir a ter sucesso na indústria naval. Referindo-se a itens como tubulação e amarração, disse: “Há muitas oportunidades nos 2° e 3° elos da cadeia e eles são grandes fornecedores para estaleiros e EPCistas no exterior”.
Erwes destacou: “Com um conteúdo local de 65% (global), há empresas alemãs que querem se associar com empresas brasileiras e empresas alemãs que olham oportunidades dentro dos 35% importados”. Desta forma, o conteúdo local não vai limitar a presença alemã no país.
Por fim, Ronaldo Martins, gerente de Relações Institucionais da Petrobras, destacou que a contribuição alemã para a cadeira do petróleo poderá ser importante, já que a presença alemã é já muito forte na indústria brasileira. “Os alemães são muito capazes e têm muito para oferecer em segmentos, como válvulas e conexões de precisão e sistemas de navegação”, disse.