Segundo previsão do Instituto Aço Brasil (IABr), prevê-se que as vendas internas de produtos siderúrgicos caiam 15,6% em comparação ao ano anterior, atingindo os 18,3 milhões de toneladas. A previsão anterior da entidade era de uma queda de apenas 8%.
A estimativa do IABr para a produção de aço bruto este ano (crescimento de 6,4% nos volumes produzidos) também foi alterada, prevendo agora uma queda de 3,4% em relação a 2014, um volume de 32,8 milhões de toneladas.
O consumo aparente de aço no Brasil será de 22,3 milhões de toneladas, uma redução de 12,8% na comparação com o ano anterior e um regresso aos números de 2007, que eram de 22,1 milhões de toneladas. Já as importações deverão atingir 4 milhões de toneladas, uma alta de 0,8%.
De acordo com o Instituto, a deterioração do cenário político-econômico nacional determinou a piora do desempenho a que assistimos na indústria brasileira do aço em 2015, além do impacto nos principais segmentos consumidores, já que os setores automotivo, de construção civil e de máquinas e equipamentos (responsáveis por quase 80% do consumo de aço no país) têm registrado quedas sucessivas.
Apesar das más condições do mercado internacional, as exportações têm apresentado alta em meses recentes devido ao elevado excedente de capacidade da ordem de 700 milhões de toneladas e às operações interempresas de fornecimento de semiacabados para alimentar plantas na Europa e nos Estados Unidos, além das ações emergenciais do setor para evitar redução ainda maior do grau de utilização da capacidade instalada.