Brasil. O aço inoxidável vem progredindo com o tempo. Para atender aplicações sujeitas a altas temperaturas, foi desenvolvida uma nova liga de aço inox: o aço austenítico. Essa liga, caracterizada pelo teor de cromo e de níquel, é conhecida por seu comportamento em resistência à corrosão, com elevada resistência à fluência, tendo ainda a propriedade de ser facilmente soldada.
A nova liga austenítica cria maior resistência e estabilidade estrutural à oxidação e carbonetação em altas temperaturas. É projetada para aplicações de altas temperaturas de até 1.100 °C em atmosferas oxidantes. Uma dessas ligas, a 253MA, conseguiu ainda maior resistência com a adição criteriosa de metais de terras raras, ou MTR. A adição de poucos centésimos percentuais de MTR oferece uma melhora sensível às propriedades mecânicas e resistência à corrosão do aço inoxidável. Sua estabilidade estrutural apresenta baixa tendência à formação de fases fragilizantes, o que a torna a liga mais própria para os trabalhos em altas temperaturas.
O aço inoxidável austenítico é fornecido normalmente na forma de bobinas, chapas e blanques laminados a quente. Por possuir elevada resistência à oxidação a quente, é o tipo de aço mais usado na indústria de tratamento térmico para partes de forno, como suporte de refratários, partes dos queimadores, forração de fornos, ventiladores, correias transportadoras, ganchos de tubos e, na indústria alimentícia, utilizados em contato com ácido cítrico e acético aquecidos. Apresenta-se ainda como um material bastante resistente à corrosão, inclusive eletroquímica.