Brasil. O aço inoxidável dúplex foi descoberto entre 1927 e 1932, durante a pesquisa do efeito de frações volumétricas de ferrita nas propriedades do aço inoxidável austenítico. O material é constituído por ilhas de austenita, mais escura, distribuídas em matriz ferrítica, mais clara.
Dentre as vantagens do aço inoxidável dúplex, podemos citar a elevada resistência mecânica e maior resistência à corrosão intergranular. Como desvantagem, é preciso citar o processamento mais elaborado e a baixa resistência à corrosão por pites – o problema, contudo, pode ser contornado através da introdução de teores mais altos de nitrogênio na liga.
A liga de aço inoxidável dúplex conta ainda com os seguintes elementos: manganês, resistente à corrosão e desgaste abrasivo; molibdênio, resistente à corrosão por pites, generalizada e em frestas; cobalto, que oferece soldabilidade e resistência ao desgaste; nióbio, resistente à corrosão e desgaste; cobre, que apresenta resistência à corrosão e endurecimento por precipitação; tungstênio, que melhora a resistência à corrosão; titânio, que oferece endurecimento por precipitação; alumínio, que oferece maleabilidade.
Comparado aos aços austeníticos, o custo total dos componentes da liga do aço inoxidável dúplex é relativamente baixo, principalmente em razão do baixo teor de níquel. Diante disso, acredita-se que o aço inoxidável dúplex deve substituir gradual e parcialmente outros tipos de aço inoxidáveis, além de outros tipos de materiais.
Atualmente, o aço inoxidável dúplex vem sendo bastante aplicado para a fabricação de tanques, principalmente aqueles destinados a líquidos corrosivos aquecidos, tanques digestores para a indústria de papel e celulose, aquecedores domésticos de água, tambores de máquinas de lavar, postes de iluminação de ruas, partes de plataformas marítimas e componentes absorvedores de energia mecânica em veículos.