De acordo com comunicado da Inda, a entidade que representa o setor do aço, no fim do mês de janeiro, os distribuidores de aços planos no Brasil estimam um crescimento de 4% nas vendas, em um desempenho praticamente estável em relação ao ano de 2013.
O setor encerrou o ano anterior com alta de 4,3% nas vendas, para 4,54 milhões de toneladas, o que se encontra dentro da expectativa de crescimento de 3,7 a 4,5% no ano passado.
Apesar de expectativas de redução das importações por conta da valorização do dólar contra o real e das estimativas de baixo crescimento da economia que deverão conter o consumo de aço no mercado interno, a previsão para este ano é positiva.
No início de 2014, os distribuidores começaram a receber comunicados de reajustes das usinas Usiminas, CSN e ArcelorMittal, na seqüência de outros aumentos de preços ocorridos em 2013. Nas palavras do presidente do Inda, Carlos Loureiro, estes reajustes, anunciados no início de janeiro e já implementados, ficaram entre 6 a 7%.
A diferença nos preços entre o aço importado e o produzido no país após o reajuste não sofreu grande alteração. O presidente do Inda comentou ainda que não espera novos reajustes para este trimestre, mas informou que, caso o dólar valorize ainda mais contra o real, isso dará às usinas motivo para um novo aumento, sendo que o setor está com estoque ajustado, o que dificulta as negociações.
Os distribuidores de aço fecharam o mês de dezembro com estoque de 1,05 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 11,3% sobre o volume do final de 2012.
Além dos reajustes para os distribuidores, Loureiro comentou que as usinas aumentaram também, igualmente entre 6 e 7%, os preços de aços vendidos a grandes clientes da indústria. O presidente acrescentou ainda que alguns acordos com montadoras de veículos já foram acertados, com reajustes de 12%.
No contexto das eleições deste ano, Loureiro afirmou também que o dólar foi usado abusivamente como ferramenta contra inflação, destruindo a capacidade produtiva da indústria nacional, o que levará anos para se recuperar.