A indústria brasileira do aço enfrenta a pior crise desde há 6 anos, quando sofreu o impacto do débâcle do banco Lehman Brothers, nos EUA, que se refletiu em toda a economia mundial.
Em 2009, seis altos-fornos foram fechados, mas foram feitas poucas demissões. Atualmente, o setor já conta com 11,2 mil demissões de funcionários desde junho do ano passado e 1,4 mil trabalhadores, na sua maioria ligados à Vallourec-Sumitomo, entraram em regime de “layoff”. A Usiminas desativou dois de seus altos-fornos no início do mês e prevê-se o término de outros 4 mil postos de trabalho nos próximos meses se a situação de fraca demanda se mantiver.
No presente – frente ao recuo nas vendas internas em maio acima de 22% e ao consumo aparente do mercado no país, juntamente com importação e despachos locais – o setor teve retração de aproximadamente 23%.
As principais produtoras afetadas são Usiminas, CSN, Gerdau (que paralisou usinas no ano passado), ArcelorMittal, Votorantim, V & M (tubo), Aperam e ThyssenKrupp CSA. Com as demissões que deverão se efetivar para breve, o índice de corte da força de trabalho no sector atingirá os 12,5%, comparado aos 122 mil empregados pela indústria no início de 2014.