Se a renovação do seu contrato especial de fornecimento de energia, que expira em junho, for vetado pela presidente da República, a Ferbasa vai paralisar a produção em 13 dos 14 fornos de sua unidade de metalurgia. Aprovado na medida provisória 656 no Congresso Nacional, a emenda recebeu uma recomendação de rejeição da área técnica do Ministério de Minas e Energia.
O contrato já conta com algumas décadas e tinha como meta atrair a fabricação de produtos como cobre, cromo e outros eletrointensivo para o Nordeste, englobando um grupo de sete empresas com operações na Bahia, Alagoas e Pernambuco.
A empresa, desde dezembro, tem aumentado os seus estoques, com mais produção e suspensão de exportações de ligas de cromo e ferrosilício para o mercado europeu, mantendo compromissos no Japão, a fim de priorizar o atendimento do mercado interno no segundo semestre. Caso Dilma vete a renovação do contrato, as empresas poderão ter de contratar energia no mercado livre a um preço três vezes superior ao valor atualmente despendido.
A Ferbasa, fundada em 1961 pelo engenheiro metalurgista José Gorgosinho de Carvalho, com um faturamento bruto anual de R$ 1 bilhão, é a única fabricante de ligas de cromo do país e fornecedora da siderurgia local de aço inox.