Importações de aço preocupam

O setor siderúrgico nacional continua apreensivo com as importações de aço que registraram, no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 3,8% nos desembarques face ao mesmo intervalo do exercício passado, conforme balanço divulgado ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

Entre janeiro e março, as compras externas somaram 876,8 mil toneladas, contra 844,6 mil toneladas em 2013. Este cenário poderá dever-se à permanência de bloqueios que prejudicam diretamente a competitividade das usinas brasileiras, como, a elevada carga tributária, o alto custo da energia e a valorização do real.
Já as importações movimentaram US$ 971,2 milhões no primeiro trimestre de 2014, 3,2% menos que o verificado no primeiro trimestre do ano passado, no valor de US$ 1 bilhão.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do IABr, afirmou que, se o mercado continuar assim, em 2022 os desembarques poderão responder por 58% de todo o consumo de aço no Brasil, incluindo tanto a entrada direta quanto a importação de produtos acabados.
Mello Lopes declarou ainda que os bloqueios mencionados estão presentes em toda a indústria de transformação brasileira, que vem perdendo espaço no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para tentar reverter esta situação, 20 entidades, coordenadas pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), criaram uma coalizão para sensibilizar o governo federal para as medidas necessárias para recuperar a competitividade do país.
O segmento enfrenta também, pelo lado externo, a sobrecapacidade de aço no mercado global, que se prevê de 570 milhões de toneladas este ano, estimando que seja necessário reduzir a capacidade em 300 milhões de toneladas no planeta.
Para enfrentar este entrave, as siderúrgicas recorrerão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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