A importação de aço pela indústria nacional, principalmente da China, estava em queda desde 2011, mas voltou a subir este ano.
Por si só, a maior penetração do produto no Brasil seria suficiente para afetar negativamente o balanço das fabricantes de aço do país, mas a situação é ainda mais grave. A entrada de aço estrangeiro no mercado nacional acontece num cenário de queda no consumo e na produção brasileira do produto. Estão ocorrendo fechamentos altos-fornos, os investimentos passam por adiamentos e muitas empresas cogitam demissões.
Assim, apesar da World Steel Association (WSA) estimar uma ligeira alta no consumo global (de 0,6%, com alta de 2,8% em países emergentes), no caso do Brasil, a previsão é de retração de 7,8% em 2015, com os aços planos caindo a 6%.
Os impactos já percebidos no parque siderúrgico nacional são graves. Nos últimos 12 meses, foram demitidos 11.188 funcionários, e 1.397 contratos suspensos.
De acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr), as importações totais de aço no país aumentaram 4,9% de janeiro a maio deste ano em relação a igual período do ano passado. As compras externas de aço plano, mercado de Usiminas e CSN, siderúrgicas instaladas em Minas Gerais, subiram 19,6% em maio comparativamente ao mês de Abril, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindifer).