Heinrich Hiesinger, CEO da siderúrgica ThyssenKrupp, símbolo do talento industrial da Alemanha, pediu paciência aos acionistas da empresa que se encontra numa problemática fase de reestruturação.
Quando Hiesinger assumiu o cargo, há 3 anos, o executivo tentou mudar o foco da ThyssenKrupp do setor de aço, devido à sua volatilidade, para produtos e serviços de maior margem, como elevadores, instalações industriais e peças para automóveis de alto desempenho.
Porém, este esforço de mudança foi pontuado por três anos de perdas e retrocessos que forçaram a empresa a contrair empréstimos junto aos acionistas.
No período, a empresa teve grandes oportunidades de negócio que não foram totalmente aproveitadas, dado o fracasso parcial dos mesmos, tendo ainda que enfrentar problemas de conformidade dispendiosos e prejudiciais à sua imagem.
Apesar das contínuas extensões ao prazo estipulado para a aquisição, Hiesinger conseguiu vender apenas metade unidade Steel Americas, uma usina de processamento no estado norte-americano do Alabama, deixando a empresa com uma usina siderúrgica deficitária no Brasil, a CSA.
Por outro lado, a venda da unidade de aço inoxidável Inoxum à companhia finlandesa Outokumpu, também não foi totalmente bem-sucedida, já que a ThyssenKrupp anunciou no final do ano passado que teria de recuperar algumas partes do negócio.
A ThyssenKrupp AG, empresa alemã fundada em 1860, é um grupo industrial diversificado de alta tecnologia, com mais de 150.000 empregados em mais de 80 países.
A empresa resultou de uma união em 1999 das empresas Thyssen e Krupp.