EUA. Quando a vida útil de válvulas automatizadas e atuadores chega ao fim, esses dispositivos geralmente são descartados e reciclados – ou seja, derretidos como sucata. No pior dos casos, são colocados em um aterro nauseabundo. Apenas alguns têm a sorte de serem restaurados e de servirem para um novo propósito. Há ainda outros, que ficam exatamente onde estão, deteriorando-se ao longo do tempo.
Mas há algumas poucas válvulas automatizadas que são encaminhadas para museus devido a importância que já tiveram. É o caso de válvulas globo de diafragma que fizeram parte de uma fábrica que mudou o mundo; e lá permaneceram, até os dias de hoje.
Essa é a história de Bethlehem Steel, em Bethlehem Pensilvânia. A importante instalação, responsável por muitas mudanças que moldaram o mundo em que vivemos hoje, fechou suas portas em 1995. “The Steel”, como ainda é chamada pelos habitantes locais, produziu a maior parte dos produtos de aço utilizados na guerra e na construção das maiores cidades da América. As vigas produzidas em Bethlehem Steel podem ser encontradas em muitos dos edifícios emblemáticos que compõem o cenário de Nova York, como o Chrysler Building e o Empire State Building.
Após o fechamento da fábrica, suas válvulas ficaram abandonadas em frente dos enormes altos-fornos usados no passado. Foi então que, em 2007, a cidade começou um programa de revitalização para trazer nova vida ao local. Na antiga fábrica, foi inaugurado o Centro de Artes ArtsQuest, o Museu Nacional de História Industrial Smithsonian, o Casino Sands e um local para performances musicais chamado Levitt Pavilion. O novo complexo atrai agora centenas de milhares de visitantes por ano.
A mais nova atração é o Museu Hoover-Mason Trestle. Trata-se de uma passarela de aço ao longo das linhas utilizadas para o transporte de ferro, calcário e coque, matérias-primas utilizadas para produzir aço. O novo museu permite aos visitantes uma visão de perto da instalação e todos os seus equipamentos.