A Norgren, empresa fundada em 1927 e fabricante de autopeças de controle de fluidos, como válvulas e conectores, planeia dobrar o faturamento da operação no Brasil em quatro anos. Além do setor automotivo, a Norgren atua em automação industrial, equipamentos médicos e ferroviário, entre outros.
A companhia, que recebeu a missão da matriz inglesa, afirma que a região representa 5% a 10% da receita global da organização.
O fornecimento de componentes para veículos comerciais é o principal negócio da empresa, representando 50% das vendas no Brasil, sendo que cerca de 75% das vendas segue para as linhas de montagem de caminhões e 25% é fornecido indiretamente para fabricantes de sistemas, como eixos e transmissões.
Para cumprir o seu objetivo de aumentar o faturamento no país, a Norgren terá de pôr em prática uma estratégia agressiva para ampliar as encomendas no segmento.
A estratégia passará, por exemplo, por intensificar as entregas às montadoras, sendo um dos alvos a Mercedes-Benz, que pode garantir à companhia o fornecimento de grandes volumes. A empresa já tem contratos com MAN e Ford e a chegada de novas fabricantes ao país, como a holandesa DAF e as chinesas Foton e Shacman, representa a abertura de novas portas.
Outra meta da companhia será a exigência de maior conteúdo nacional nos veículos, tal como indicado pelo gerente de vendas da área de veículos comerciais, Bruno Pinotti, que afirma que há uma pressão por nacionalização causada muito mais pelas exigências para o financiamento pelo Finame/BNDES. Pinotto acrescenta que esse movimento foi intensificado pela alta do dólar em relação ao real, que aumentou o interesse das companhias em ter mais conteúdo brasileiro como forma de reduzir custos.