Reunião semestral Alacero

Em meados de maio, em Bogotá, na Colômbia, ocorreu a reunião semestral do Diretório da Alacero, a Associação Latinoamericana de Aço.
O evento, presidido por Martin Berardi, debruçou-se sobre o estado atual da cadeia de valor de aço, e tentou definir as linhas de ação para reforçar os objetivos de promoção da industrialização e garantir um comércio justo na região.

A Alacero compartilhou um relatório sobre a economia da região e seus impactos na indústria do aço.
Enquanto em 2011 o PIB regional cresceu 4%, no ano 2013 fechou com um aumento mais discreto de 2,2%. 2013 foi um ano difícil para várias economias latino-americanas, mas em 2014 as primeiras projeções mostram um crescimento ligeiramente acima do anterior de 2,3%. Para 2015, as previsões são ainda mais otimistas, prevendo-se que o crescimento regional seja consolidado, alavancado pela recuperação das economias dos países desenvolvidos.

Uma questão que ocupa o setor e sua cadeia de valor é o marcado crescimento da América Latina como destino para as exportações de aço e de produtos com conteúdo de aço oriundo da China. Esta preocupação abarca agora a Turquia. A Alacero monitora o comércio de matérias-primas, laminados e comércio indireto de aço entre América Latina e China há vários anos. Recentemente, a companhia adicionou um Anuário de Comércio com Turquia, o qual foi apresentado ao Diretório que informa que em 2013 a Turquia exportou 1,26 milhões de toneladas de aço para a região, concentrados em produtos longos para a construção. Este país forneceu 20% das importações de longos chegados à América Latina do exterior.
O caso da China é muito mais grave. Nos últimos 6 anos, as exportações chinesas de laminados para o mundo cresceram apenas 5,2%, de 51,4 milhões de toneladas em 2008 para 54,1 milhões em 2013. No entanto, no mesmo período, o aço laminado que a China exportou para América Latina cresceu de 2,6 milhões de toneladas em 2008 para 5,7 milhões de toneladas em 2013.

O Diretório reforçou a necessidade de a Alacero dar continuidade à sua atividade de monitoramento das medidas antidumping e salvaguardas comerciais na região, e colaborando com os sócios com informações sobre as medidas tomadas por cada país. Ao mesmo tempo, reforçando o chamado aos governos da região para enfrentar o comércio desleal.
Determinou-se que a empresa deverá aprofundar ainda mais o seu trabalho, esforçando-se para informar o público sobre os danos que a chegada de produtos em condições desleais e
subsidiadas, especialmente da China, traz para América Latina em termos de emprego, redução das receitas fiscais por impostos, desincentivo ao investimento e sustentabilidade econômica em longo prazo.

Fundada em 1959, a Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) é uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina (48 empresas de 25 países) para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade socioambiental.

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