A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) criou a Câmara da Indústria de Siderurgia e Metalurgia a fim de dar mais representatividade a dois dos setores mais tradicionais da indústria mineira que, desde o início da crise internacional há seis anos, vêm sofrendo perdas de receita.
Estes setores deparam-se agora com novos obstáculos, como a forte redução da atividade econômica no país, com a previsão de recessão em 2015 e, provavelmente, em 2016 também.
No ano passado, a produção mineira de fundidos atingiu 697 mil toneladas, quase 40% abaixo da registrada em 2013 e equivalente à de 2009, quando o setor atingiu o pior nível dos últimos 20 anos devido à crise internacional.
Neste cenário, é bastante útil ter um espaço exclusivo para debater as dificuldades e buscar soluções conjuntas para toda a cadeia. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), a iniciativa já era desejada há muito pela indústria metalúrgica e pelas siderúrgicas mineiras já que um espaço onde pudessem debater temas de seu interesse e apresentar os problemas em busca de apoio e orientações era, até aqui, inexistente.
Outra reivindicação do setor é o aumento da fiscalização na entrada de produtos fundidos importados no país, já que muitas mercadorias que usam peças fundidas, como motores, conjuntos de freios e embreagens, desembarcam no mercado doméstico sem serem considerados fundidos apenas devido à nomenclatura, prejudicando a produção nacional.