O Instituto Aço Brasil espera descida na produção, vendas e consumo de aço no Brasil em 2014.
Fatores sistêmicos como a alta carga tributária e cumulatividade dos impostos, custo da energia elétrica e câmbio valorizado impactam negativamente a competitividade e têm impacto não apenas na indústria brasileira do aço mas também nos seus sectores de consumo.
Há um excedente de capacidade da ordem de 600 milhões de toneladas a nível mundial, o que leva as exportações a manter-se abaixo da média histórica, sendo que a utilização da capacidade instalada de produção de aço no país permanecerá abaixo de 70%.
A produção de aço bruto em 2014 está estimada em cerca de 33,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,5% face ao ano anterior. Espera-se que as vendas internas atinjam os 21,7 milhões de toneladas, uma redução de 4,9% em relação a 2013. A previsão parte do desempenho dos setores consumidores de aço, que registraram queda entre janeiro e junho de 2014, segundo dados do IBGE. O consumo aparente de aço deve ser de 25,3 milhões de toneladas, queda de 4,1% na comparação com 2013, com base na queda das vendas já observadas entre janeiro e julho de 2014.
Espera-se que as exportações cheguem aos 8,4 milhões de toneladas, um aumento de 3,9% em relação ao ano anterior, por conta do religamento do alto-forno número 3 da ArcelorMittal Tubarão em julho passado. Já as importações devem atingir o patamar de 3,8 milhões de toneladas, o que se traduz num aumento de 1,8% em comparação ao ano passado.
Com a manutenção das desigualdades competitivas do país e o elevado excedente de oferta de aço no mundo, espera-se que o aço brasileiro continue a enfrentar dificuldades nos mercados interno e externo.
Todas essas questões foram discutidas entre o governo, especialistas internacionais e a cadeia consumidora no 25º Congresso Brasileiro do Aço, que ocorreu entre 12 e 13 de agosto no Complexo WTC, em São Paulo.
