Aço inoxidável e titânio

Global. Sabe-se que o aço inoxidável é uma liga metálica composta de ferro e outras substâncias adicionadas de acordo com sua necessidade e aplicação, mantendo, em princípio, uma característica comum: a resistência à corrosão.
Existem também seis categorias estabelecidas em relação a sua composição, sendo o aço inoxidável austenítico uma referência para materiais com alta resistência à corrosão. A este tipo de aço são adicionados compostos como titânio, nióbio, molibdênio, cromo e manganês.
Cada elemento desses possui maior (titânio) ou menor (cromo) afinidade de ligação com o carbono. Isto significa que alguns elementos têm melhor desempenho para evitar a formação de um dos produtos nocivos da precipitação do carbono. O aquecimento do aço inoxidável de cromo-níquel a temperaturas entre 450 e 800° C pode causar corrosão intragranular do material.
Desta forma, quanto maior a afinidade do elemento adicional, menores as chances de corrosão. Com a adição de titânio, por exemplo, o carbono prioriza sua ligação formando como produto o carboneto de titânio (TiC) que, por sua vez, evita o surgimento de carboneto de cromo (Cr23C6) e a consequente corrosão intragranular. Mesmo sendo mais estável, o carboneto de titânio, por si só, não garante a estabilidade do material, sendo ainda necessário o tratamento do aço inoxidável.
Vale lembrar que a adição de titânio não traz somente pontos positivos e pode gerar dificuldades quanto à uniformidade da superfície do material e maior dificuldade no processamento. Sendo assim, deve ser realizado um estudo prévio sobre as condições ideais do material.
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