Brasil. Enquanto os aços inoxidáveis austeníticos são sensíveis à corrosão por tensão, os aços inoxidáveis ferríticos são quase imunes. Devido à ausência de níquel, eles são mais baratos do que os austeníticos, sendo uma alternativa econômica em casos em é necessária a resistência à corrosão e resistência à oxidação. Cerca de 10% de todos os aços inoxidáveis são ferríticos. Devido à dureza relativamente baixa de secções espessas, são preferidos em chapas e fios finos. A metalurgia moderna dos processos tem aperfeiçoado a resistência e moldabilidade dos aços ferríticos, o que tem levado a uma crescente popularidade.
O aço ferrítico deriva seu nome da estrutura de cristal, centrada no corpo cúbico ou ferrítico. Apesar da baixa resistência à fluência, o aço ferrítico é adequado em aplicações de alta temperatura, em que a resistência à oxidação e corrosão são mais importantes do que a resistência mecânica. Apenas pequenas quantidades de carbono e nitrogênio são dissolvidas no aço ferrítico. Mesmo baixos níveis de carbono e nitrogênio levam à fragilidade; por isso, devem ser reduzidos a níveis extremamente baixos no aço ferrítico, o que é obtido graças à metalurgia moderna.
Existem pelo menos três grupos de aços ferríticos. O grupo I (10-14% Cr) é representado pelos aços do tipo 409 e 410, adequados em aplicações não severas com ausência de água. As aplicações típicas dos aços do grupo I incluem os sistemas de exaustão automotivos. O grupo II (16-19% Cr) de aços ferríticos é representado pelo tipo 430. São usados em aplicações como tambores de lavagem, acabamento decorativo em veículos, aparelhos domésticos e utensílios de cozinha. Uma desvantagem do aço tradicional 430 é a fraca soldabilidade. O grupo III inclui aços ferríticos estabilizados como o tipo 439 estabilizado com titânio e 444 estabilizado com nióbio e titânio.